domingo, 24 de janeiro de 2010

Poesias XD


Profecia Gótica

A funérea lápide nova ao luar,
Feridas abertas sob o mármore,
É o teu corpo agora incurável,
Sepulcro escuro, cheiro de morte.
Foram lamentos e má sorte,
Flores murchas a impregnar o ar,
Em sua nova morada, oh, alma penada,
De sofrimentos agora vãos.
Um anjo de concreto pairando quieto,
Corvos, corujas, morcegos, que alienação...
Olhos que nunca mais a alvorada verão.
Que sombras são essas?
De esfinges eretas, tuas companheiras,
Depois da tua última respiração.
Corpo inerte, pensamento perdido,
Perdeu os sonhos e os irmãos.
Pestes virais, anjos maus, demônios,
Ainda em sua sepultura a vagar,
Mas nada mais interessa,
Encontrarão vivos para se apoderar.
As potestades que te afligiam,
Estão a sorrir, grunhir e a zombar.
Satisfeitas, missão cumprida e tu terás
A eternidade toda para putrefar.


Doce Morte

Doce Morte venha e venha logo.Não demore a aparecer.Estou farto dessa vidaE não quero envelhecer.
Leve-me para longe, ao fim.Onde guardas o que é teuQue não reste nada mais de mimNem o que o Pai me prometeu
Oh, quem dera que o céu não exista.E que tudo vire pó, sem dogma, sem cor.Apenas lembranças, do que foi, que foi o amor.
Se viver fosse algo sadio.Não começaria com choro ou teria o seu fimSe a Vida fosse algo bom então não seria mais assim.


Lamentos


Não ha palavras à deitar Minhas lágrimas me deixaramNão consigo nem chorarMeus desejos me mataram
Estou sem alma, que faria eu?Para onde vou, quando tudo termina?O que eu ganho, o Deus me deu?Perdi tudo e não à o que me anima
Mas por que? Nem a cor do vestido da Morte eu viOh! Doce morte...é triste estar agora, tão longe de Ti Eu gostaria apenas de escolher, como partir...
Sem alma, Sem Mãe, só dor e o que sobrou de um amorTão desejoso de tanto, mas nem tão frio, nem o calorJa basta, seguirei as estradas, em face à ventos e pragas.


By: Anaah & Vick

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