sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Lágrimas, Dor & Cia

Era meia noite
O vento soprava forte
Estava eu debruçada
Sobre o peitoril da janela
Sentindo um salgado sabor
Eram lagrimas
Que cortavam-me a face
Como navalhas
Feriam-me o rosto
E cortavam-me a boca
Eu olhava pra a Lua Cheia
Como se... ansiando por uma resposta
Nada acontecia
Ate que um uivo
Despertou-me de meus pensamentos
Olhei a minha volta e nada vi
Nada a não ser a escuridão noturna
Uma coruja piava ao longe
Olhando novamente para o céu
O vôo rasante de um corvo trouxe-me a uma nova realidade
Uma realidade onde existem
Lobisomens, vampiros e outros seres que jamais
Imaginei haver.
Ao olhar novamente a meu redor
Senti algo que jamais havia sentido
Com tanta intensidade
Sentia um olhar
Ansiosamente atacar
Como se houvesse sido atraído
Pelo doce sabor de minhas lágrimas
Como se a tristeza a tivesse chamado...
Suplicando por um fim
Um fim que parecia nunca chegar
Um fim que eu estava sempre a buscar
Como dizia o poeta:
Mal nascemos e começamos a morrer
Mas fazer o que?
Por essas e outras Deus é o mais sábio do mundo...
Ele não nos dá a escolha de nascer,
Pois se desse muitos não iriam nascer
Enquanto estamos presos
Nesse mundo
Espero pra ver meu corpo
Frio e pálido
Porque minha alma há tempos
Se foi
Com ela minhas esperanças
Meus sonhos
Agora só sinto uma leve respiração em meu pescoço
E dor,
Física o que é bom.
E finalmente...
Escuridão, Solidão
Somente minha vida como um filme rebobinando...
Para ser guardado...
E finalmente
O doce paladar de morte.






















Olho para dentro de min, nada mais vejo

do que medo e solidão







Anaaah. Depre totaal.

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